Tia Regina, como vai a vida aí em cima?
Aqui está a mesma desordem de sempre... Parece que os anos se passaram, que a dor foi se atenuando, que a vida foi se ajeitando, mas no fundo continua a mesma coisa! Continuo com saudade da sua broa, do seu carinho, da sua música, de passar tardes inteiras à toa na sua casa, de ver "Sai de baixo" gravado na fita k 7, de observar o aquário no quarto dos meninos, de esperar minha mãe chegar na ponta dos pés através do murinho, mais alto que eu. Se pudesse me ver hoje, veria que sou capaz de pular aquele murinho sem muito esforço. Aliás, você consegue ver tudo o que se passa aqui embaixo? Se consegue, você pode interferir nas coisas? Se não puder interferir, você pode pelo menos me ajudar a fazer a coisa certa na hora certa, já que você sabe o que se passa?
Deve ter alguma vantagem em se perder alguém que gostamos tanto... talvez a gente ganhe um guia, algo como um imã de bússola, que sempre aponta pro norte. Não sei por que estou escrevendo isso, não faz o menor sentido, até porque se você for capaz de saber o que se passa aqui embaixo, não vai precisar ler o post, já que sabe que estou escrevendo. E se não for capaz, não adianta, já que nao vai poder ler nada disso...
São, mais uma vez, palavras ao vento, mas que expressam saudades, saudades infinitas... Qualquer dia, minha tia, a gente vai se encontrar.
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