Naquele momento o toque da mão foi infinito, a vontade cedeu lugar à esperança, a resistência acabou, o corpo perdeu e o sentimento venceu... Nada mais importava: o celular vibrando, as vozes altas embaralhando a mente, o cheiro sufocante do cigarro, a confusão humana que se instalara no lugar. Tudo era estático e irrelevante, estávamos juntos ali, senão olhos nos olhos, corações com corações. E são estes os momentos que marcam, que permanecem na memória, que se tornam simbólicos para aqueles que os vivem; eles não acabam, na verdade nem começam. Eles sempre existiram, mas num subconsciente que jamáis suspeitávamos existir. Esperam apenas a oportunidade adequada para manifestar-se; a oportunidade em que os dois se encontram, no lugar certo, na hora certa. E aí o relógio pára, o vento pára de soprar, a música abaixa e os movimentos ficam lentos... exceto as batidas do coração, que ficam mais sonoras, mais frequentes e insistentes: a partir dali jamais morrerei enquanto você sobreviver.
Não existem momentos que eu queria que fossem eternos. Eles já o são por natureza.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Bonitas palavras, e reais. Aquilo que nos marca, com certeza é eterno, mesmo não acontecendo todos os dias, mas podendo acontecer a qualquer momento em nossas mentes.
ResponderExcluir