Ele se perguntava todos os dias o propósito sua existência. Para ele não fazia o menor sentido, nada. E olha que nada é muita coisa. Mas não, sua função era pesada, e a inimiga, muito forte. Ele já estava de "saco cheio" de tudo, e essa história de que cada um tem um lugar no mundo, na sociedade, pra ele não colava, não. Há anos a rotina era a mesma, e a poeira dificultava tudo. Estar ao nível dos pés é terrível, e nem sempre o chão está limpo... quase nunca está. Constantemente era chutado pra um lado, chutado pro outro, socado na parede. Isso quando as crianças não resolviam brincar com ele, eu mesmo quando era pequeno brincava! E como tinha poeira... Mas ele cumpria bem seu papel, já que o vento por vezes soprava forte, aquela força, de vento. E se sua inimiga batesse, quem era chutado era ele, de volta pro seu lugar!
Tudo isso era motivo para que, todos os dias, ele se questionasse até quando seria Peso de Porta, e porque a vida do Peso de Papel era tão melhor que a dele.
Tudo isso era motivo para que, todos os dias, ele se questionasse até quando seria Peso de Porta, e porque a vida do Peso de Papel era tão melhor que a dele.
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